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O empoderamento das mulheres da Rede Solidária

 

Há dois anos, quando teve início o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, muitas mulheres compartilharam umas com as outras histórias tristes de ciclos históricos de violência, de falta de amor e empatia, de dificuldades econômicas agravadas pelo machismo e a misoginia, a exemplo da falta de autonomia e independência financeira para escolher coisas simples como, a marca do absorvente ou, até mesmo, para fazer um bolo para seus filhos.

 

Hoje, o que é estrutural ainda não se modificou, o machismo ainda está presente na vida e nas relações delas. Porém, tudo aquilo que elas puderam fazer para questionar o que antes era naturalizado e para modificar o cotidiano, elas fizeram. Nesse caso, o empoderamento feminino deixou de ser um conceito distante para se tornar, de fato, uma prática de transformação não somente subjetiva, como também de caráter coletivo.

 

Através de palestras, oficinas, rodas de conversa, exibição de vídeos, seminários e intercâmbios de saberes, o Projeto Rede atuou para garantir o poder de participação social às mulheres, assegurando-lhes informações sobre a luta pelos seus direitos, como a total igualdade entre os gêneros, o acesso à saúde e educação, segurança e bem-estar de todas as mulheres e seus familiares, assim como oportunidades de qualificação profissional, geração de trabalho e renda.

 

“Depois que a Rede entrou na minha vida eu passei a acreditar mais em mim. Eu sempre lutei, mas travava minhas batalhas sozinha. Hoje, eu sei que lutando juntas somos mais fortes e podemos ir mais longe. A Rede me fez conviver com pessoas extraordinárias, que contribuíram em muito com meu crescimento pessoal e profissional, ampliei o meu conhecimento, acumulei 19 certificados de cursos que participei na Rede, portanto, passei a acreditar mais em mim. Agora sei que sou uma pessoa capaz e agradeço demais, porque me sinto mais confiante, a minha autoestima subiu muito. Luto muito mais, acredito muito mais. Eu sou empoderada no efetivo!”, afirmou Valdiene Vieira, mulher forte, artesã, pescadora, bacamarteira, mãe de seis filhos, e moradora do Povoado Aguada, em Carmópolis.

 

Na foto, Valdiene em apresentação do Grupo de Bacamarteiros com sua filha mais nova.