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Cozinha a todo vapor: Mulheres de Carmópolis produzem geleias e biscoitos artesanais

 

Desde a semana passada, diferentes grupos de mulheres da Rede, em Carmópolis, estão produzindo geleias de manga com maracujá, abacaxi, maracujá, goiaba; biscoitos petit full de maracujá, amanteigado de goiaba e casadinho de abacaxi, além de outros produtos artesanais para comercialização. E assim, elas estão colocando em prática tudo o que aprenderam nas oficinas de Processamento e Alimentos e Boas Práticas de Fabricação, iniciadas no segundo semestre de 2018.

 

 

Conhecer os seus próprios saberes e habilidades e conquistar reconhecimento faz as mulheres moverem a Rede. Para Silvânia Felizardo, moradora do assentamento São José, não tem alegria maior do que ouvir da professora que a receita ficou boa. “Não dá nem para acreditar que a gente chegou até aqui. No começo foi tão difícil, mas não baixei a cabeça. E agora a gente está produzindo tantas coisas gostosas. Chegamos tão longe. Estou feliz demais”, conta.

 

 

Já Viviane Barcelos, moradora da região de Santa Bárbara, bota a mão na massa com toda energia, mas intercede ao divino para que tudo dê certo. “Estamos fazendo tudo direitinho como a professora explicou. Eu até treinei em casa. Acho que ficou bom, não sobrou (rsrsrsrs). Agora é pedir ajuda a Deus para que os clientes gostem e a gente consiga vender tudo”, almeja.

Mária Eunice Rocha, também moradora do assentamento São José, entrega que o segredo da receita delas é a força que umas dão as outras. “A gente telefona uma pra outra pra saber se vai na oficina, incentivando e encorajando quando surge uma dificuldades, porque se não for assim a gente não anda”, acredita. E Silvânia completa: “Se é pra fazer nome, vamos fazer juntas”, disse.

 

Todo o processo de produção é acompanhado por Silvana Correia, catadora de mangaba e voluntária no Projeto Rede, que compartilha com as mulheres os seus saberes e receitas tradicionais. “É sempre uma alegria ensinar para as meninas tudo que aprendi também com outras mulheres”, afirma.

 

 

De acordo com Tuânia Soares, engenheira de alimentos da Rede, durante a produção as mulheres são observadas e orientadas sobre as boas práticas no processo de fabricação. “Elas são alunas exemplares. Já organizam sozinhas a praça, mantando o ambiente limpo e organizado. Tudo isso garante que o alimento produzido por elas seja seguro, livre de qualquer tipo de contaminação”, explica.

 

Vamos à receita da Rede:

2 xícaras de chá de coragem

3 xícaras de chá de dedicação

4 colheres de sopa de determinação

3 trocas de saberes

1 e 1/2 xícara de chá de força

1 colher de sopa bem cheia de solidariedade