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Áreas de atuação do Projeto Rede Solidária de Mulheres recebem oficinas de Processamento de Alimentos e Agroecologia e Mudas em Viveiro

Um dos objetivos do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), é a promoção do desenvolvimento de novos conhecimentos e habilidades para as mulheres que fazem parte do Projeto. Para atingir o objetivo, a equipe da Rede Solidária de Mulheres realiza oficinas nos municípios de atuação do Projeto.

 

No início deste mês de fevereiro, foram iniciadas as oficinas de Processamento de Alimentos e Agroecologia e Mudas em Viveiro, com a Engenheira de Alimentos, Tuânia Soares, e a Engenheira Florestal, Alyne Fontes que, inicialmente, estão visitando os municípios para fazer um diagnóstico da situação das associações de mulheres e definindo um cronograma de trabalho junto com as mulheres.

 

Os municípios que irão receber as atividades serão: Pirambu, Barra dos Coqueiros, Japaratuba, Carmópolis, Estância e Indiaroba. De acordo com a engenheira de alimentos Tuânia Soares, tanto as oficinas de alimentos, quanto as de agroecologia já eram realizadas na fase anterior do projeto e, agora, a retomada está sendo feita a partir de uma nova realidade de produção e organização das mulheres em consequência da Covid-19.

 

“As turmas serão menores para respeitar as normas de biossegurança e o nosso próprio protocolo sanitário. Além de retomar o trabalho com as mulheres depois de três longos anos de pandemia, nessa fase do projeto, estaremos em mais uma comunidade, o que significa um desafio novo de trabalho”, afirmou.

 

Método de trabalho

As oficinas de Alimentos serão realizadas com metodologias que desenvolvam o aproveitamento total dos alimentos, o processamento dos alimentos e as boas práticas alimentares. Para as áreas onde há produções das Catadoras de Mangaba, o uso da semente através da secagem solar será uma nova experiência para as mulheres em suas unidades de produção.

 

“Vamos fazer a secagem das sementes de mangaba com o uso da energia solar e vamos produzir a farinha dessa semente de mangaba. As mulheres vão poder usá-la para produzir bolos, biscoitos, pães e outros alimentos que possibilitem esse aproveitamento total da matéria prima que é a mangaba”, explicou Tuânia Soares, Engenheira de Alimentos do Projeto Rede Solidária de Mulheres.

 

Em Porteiras, povoado do município de Japaratuba, a unidade de produção está ativa, mas passou por um período de inatividade durante a pandemia da Covid-19. Grande parte da produção é feita para a merenda de algumas escolas da região e a oficina de alimentos vai contribuir ainda mais para a produção de novas receitas.

 

“Como a gente faz entrega dos produtos em escolas, tem algumas exigências que precisamos cumprir, como a retirada do açúcar nos alimentos, o uso da manteiga de leite. A gente usa banana pra substituir o açúcar, por exemplo. Muitas das receitas que usamos, a gente aprendeu nas oficinas de alimentos que foram feitas antes, dessa vez a gente vai fazer novos produtos, mas pensando nas exigências dos cardápios escolares”, disse Maria José Ferreira da Silva, do povoado Porteiras.

 

Já as oficinas de Agroecologia irão trabalhar com as mulheres na produção de quintais produtivos, hortas, pomares e os viveiros de mudas de plantas nativas para a venda. Além do trabalho direto com as mulheres e as associações, os fundamentos da agroecologia e agroflorestal serão difundidos também em colégios de alguns municípios que são áreas de atuação.

 

“Vamos desenvolver quintais produtivos adaptados a cada realidade, em locais com pouco espaço faremos hortas suspensas em vasos e em terrenos maiores faremos pequenos sistemas produtivos com consórcio de frutíferas e hortaliças. Atualmente temos dois viveiros que já estão em atividade produzindo e com mudas disponíveis para venda, um em Manuel Dias (Estância) e outro em Palmeiras (Carmópolis). O viveiro de Capuã, na Barra dos Coqueiros, será reconstruído e o quarto viveiro estamos levantando possibilidades nas outras comunidades”, destacou Alyne Fontes, Engenheira Florestal da Rede Solidária de Mulheres.

 

As oficinas serão iniciadas de forma prática ainda em fevereiro após o diagnóstico de como as associações estão e quais as expectativas para a realização das atividades. O objetivo é desenvolver as habilidades e também garantir o fortalecimento das mulheres que participam do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe.