A Petrobras, estatal que atua principalmente na exploração, produção, refino, geração e comercialização de energia a base de petróleo e gás, está promovendo ações sobre segurança nos locais onde existem instalações da empresa, através do Programa de Gerenciamento de Risco com Comunidades (PGRC). A primeira conversa aconteceu na tarde da segunda-feira, dia 25, com as mulheres da Associação de Rendeiras Independentes (ASDRIN), uma das associações que integram o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe no município de Divina Pastora.
O programa é uma iniciativa que busca estreitar os laços com as comunidades para que a parceria possa garantir ainda mais segurança às famílias dos locais, além de uma abertura ainda maior de diálogo com prefeituras e outros órgãos que possam contribuir com o bem-estar social.
O Programa de Gerenciamento de Risco com Comunidades estimula uma discussão sobre a possibilidade de riscos às pessoas que fazem parte das comunidades e também a possiblidade de danos aos equipamentos instalados.
Parceria com o poder público local
Um dos pontos essenciais do programa é o contato direto com as prefeituras dos locais que recebem as instalações da empresa. A proposta é que os informativos sobre cuidados e riscos sejam direcionados às escolas dos municípios, com atividades que estimulem os alunos do Ensino Fundamental para uma melhor compreensão sobre as áreas de instalação, a presença dos equipamentos e os cuidados que devem ter para que não haja nenhum risco.
Além da parceria com as escolas, a Petrobras ainda cita a necessidade de espaço de lazer em alguns municípios, garantindo que a comunidade tenha seus próprios locais de práticas esportivas e de convivência para que as crianças e adolescentes não precisem se aproximar dos espaços de instalações. Segundo o representante da comunicação regional da empresa, Ricardo Leal, quando não há um espaço adequado para a prática do lazer e do esporte na comunidade, as áreas se tornam atrativas e as crianças acabam indo instintivamente para os locais das instalações, sem compreender de fato o perigo que estão correndo.
Segundo Mirsa Barreto, coordenadora do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, a intensificação da parceria entre a Petrobras e o poder público local é um ganho para toda a comunidade.
“A gente sabe da capacidade e da força que uma rede de solidariedade é capaz de ter, então sempre apostamos muito nesses cenários de parceria. No caso da parceria entre a Petrobras e as prefeituras, é de extrema importância que todos trabalhem juntos visando a segurança das famílias nas comunidades. Seja através de sinalização, de palestras, de trabalho com as mães e pais ou com as próprias crianças, todas as possibilidades de diálogo devem ser exploradas para que as próprias pessoas possam estar informadas, assim como deve existir uma aproximação entre a empresa e a comunidade para o caso de ter que lidar com situações de acidentes nas instalações”, disse a coordenadora.
Canal direto com as comunidades
A atividade contou com uma palestra informativa feita pelo técnico em segurança do trabalho, Luiz Alberto Pereira dos Santos, reforçando a necessidade de sinalização com placas nos locais de instalação por parte da empresa e a importante parceria com a comunidade durante o processo. O técnico ainda apontou algumas estratégias que podem auxiliar a comunidade na compreensão dos riscos, como o uso de carro de som com conteúdos informativos, cards e artes para sites de redes sociais, aplicativos de mensagens e também a disponibilização de um número de telefone para que a comunidade entre em contato com a empresa em caso de algum acidente ou falha no isolamento do local. O número informado é o 0800 079 3434, disponível para o auxílio das famílias dos municípios.
Para Maria Ivanilde Cardoso de Jesus, rendeira da ASDRIN, a disponibilização do canal de denúncia é essencial para ajudar a divulgar o conhecimento sobre os perigos, assim como ter um amparo no momento em que algum acidente acontecer na comunidade.
“A oficina foi ótima, principalmente para saber sobre esse canal de denúncias porque a responsabilidade tem que ser dos dois lados. Eu já vi muitas crianças, animais e até adultos em áreas que não poderiam estar e agora eu consigo dizer a eles que ali é perigoso. O que a gente aprendeu aqui, podemos dizer a nossas vizinhas pra evitar que os filhos delas se acidentem também e ninguém fique no prejuízo”, disse a rendeira.
A ação promovida pela Petrobras ainda vai acontecer junto às mulheres da Associação para o Desenvolvimento da Renda de Divina Pastora (ASDEREN) e na Associação dos Artesãos, Pequenos Agricultores, Pecuaristas, Renda Irlandesa, Rendendê e outros Indústria e Comércio de Divina Pastora (APRIC), que também fazem parte do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe. O Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe é realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (ASCAMAI), com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e com parceria da própria Petrobras.
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