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Respeito ao meio ambiente é um fundamento essencial seguido pelo Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe

 

 

Com um trabalho realizado conjuntamente com as catadoras de mangaba do estado de Sergipe, o Projeto Rede Solidária de Mulheres, promovido pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (ASCAMAI), em parceria com a Petrobras e com apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), tem como norte de suas ações o respeito e a preservação do meio ambiente, garantindo a sobrevivência de famílias e de uma cultura extrativista nos municípios de atuação.

 

O extrativismo é uma atividade realizada desde a pré-história, onde são retirados alguns recursos naturais para a sobrevivência de um grupo ou espécie. Hoje, o extrativismo ainda é realizado de forma manual, como as catadoras de mangaba, e também é realizado através de máquinas, como a exploração criminosa de retirada de madeira da Floresta Amazônica.

 

O diferencial do extrativismo que as mulheres catadoras de mangaba e da extração em grande escala é o projeto, o modelo de desenvolvimento que respeita os modos tradicionais de vida. Quando há a cata da mangaba para a sobrevivência de diversas famílias, observa-se o tempo de cata e o de reposição natural da mangabeira. Para que haja extração, é preciso que o recurso natural se renove e as mulheres respeitam o tempo da natureza.

 

O extrativismo é uma constante disputa, visto que grandes empresas que pensam apenas em lucrar com os recursos naturais privatizam espaços que poderiam alimentar muitas famílias, derrubam mangabeiras para instalar grandes construções que agridem o meio ambiente de forma irreversível e levam espécies a extinção por não aceitar que o tempo da natureza é um e o do lucro é outro.

 

“O modelo de desenvolvimento atual depende da exploração de grandes extensões de terra e o seu avanço é sinônimo de degradação ambiental e concentração fundiária. As consequências são evidentes nas mudanças climáticas com a retirada das áreas florestais e aumento da fome, uma vez que, a produção de alimentos advém principalmente da agricultura familiar. Segundo dados da FAO (2020), 811 milhões de pessoas passaram por situação de fome no mundo, isso mostra que apesar de todas as tecnologias modernas disponíveis, tal sistema produtivo não é eficiente”, relatou a engenheira florestal do Projeto, Alyne Fontes.

 

Contribuição do Projeto Rede

As ações de Agroecologia são destaque dentro do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe. A relação das mulheres com a terra é muito forte dentro das áreas de atuação do Projeto e a produção de quintais produtivos já foi também solicitada por outros espaços das comunidades.

 

No povoado Ribuleirinha, em Estância, Escola Municipal Dr. Pedro Soares convidou o Projeto Rede Solidária para a construção de um quintal produtivo e uma horta dentro do espaço da instituição de ensino, onde os alunos poderão ter a experiência de aprender a mexer com a terra e a plantar de forma saudável e onde as mães e familiares dos alunos também terão acesso ao espaço para a sua manutenção. A proposta é também que a atividade sirva como uma ocupação terapêutica para as pessoas que enxergam na terra um acalanto que se opõe à correria ou o marasmo do dia a dia.

 

Além disso, os viveiros de mudas nativas e exóticas, os quintais produtivos, os pomares e hortas são construindo junto com as mulheres do Projeto nos locais de atuação. Mesmo em áreas que não possui catadoras de mangaba, como município de Divina Pastora, o ensino da Agroecologia acontece por ser uma importante forma de ensino do respeito e da coletividade.

 

“Nessa perspectiva, entrelaçando os saberes técnicos e tradicionais, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe está desenvolvendo quintais produtivos cujo manejo é baseado em práticas agroecológicas e viveiros florestais comunitários para produção de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. Assim, a agroecologia é inseparável para a luta pela soberania alimentar, pela defesa e recuperação de territórios, pela reforma agrária e urbana e pretende fortalecer o elo de cooperação e aliança entre as mulheres do campo e da cidade”, disse Alyne Fontes.

 

Live sobre o Dia do Meio Ambiente

Em comemoração ao Dia do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho, o Projeto Rede Solidária de Mulheres vai realizar uma live através do seu perfil no Instagram (@redesolidariademulheres), às 15h30min, no próximo dia 06 de junho. A live será com a Engenheira Florestal do Projeto, Alyne Fontes, e o título é “Agroecologia e suas dimensões nas experiências do Projeto Rede”.