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Projeto Rede Solidária oferece oficinas artesanais visando a emancipação financeira das mulheres

Um dos objetivos buscados pelo Projeto Rede Solidária é a emancipação financeira das mulheres que constroem o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, uma iniciativa da Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (ASCAMAI), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

 

Por meio de conversas e a realização de oficinas, as participantes podem integrar a seus contextos o que melhor contempla suas habilidades e necessidades. Para isso, o Projeto Rede Solidária, propõe e realiza oficinas artesanais como sublimação, patch aplique, camisaria e culinária.

 

Sublimação

A oficina de sublimação, já ocorre no Projeto desde a fase anterior. A retomada das oficinas de sublimação foi uma reinvindicação das mulheres que viram o trabalho pausado durante a pandemia, mas que entendem que agora é um bom momento para o retorno das atividades. Cada local que já realizou a oficina anteriormente possui a prensa térmica para a aplicação das imagens nos produtos, o papel sublimático e a impressora com a tinta apropriada para este fim.

 

A sublimação, assim como na química, é a transferência de algo sólido para o estado gasoso sem que se passe pelo estado líquido, dessa forma, a transferência térmica feita pela prensa consegue transferir a imagem impressa no papel sublimático para materiais como camisas, bonés, canecas e outros produtos. As oficinas começam com o resgate da identidade visual das mulheres de cada local onde a atividade será desempenhada.

 

“As mulheres trazem para as aulas ótimas ideias quando fazem o resgate da identidade visual de cada comunidade. Elas estão muito empenhadas em aprender, em se aprofundar. E o que eu vejo também é que as áreas possuem pontos em comum que podem ser usados para a impressão de materiais que sejam a cara das mulheres do Projeto Rede Solidária”, afirmou Dani Queiroz, designer que ministra as oficinas de sublimação.

 

Patch Aplique

A técnica do patch aplique também leva retalhos como a de patchwork, mas a diferença é que o aplique consiste na aplicação de peças de retalhos de tecidos em peças já prontas e o patchwork é a criação de peças a partir do retalho. Outra diferença é que no patchwork, necessariamente é preciso utilizar a máquina de costura, mas no patch aplique, a costura pode ser feita a mão, o que facilita para aquelas não possuem a habilidade para o uso da máquina ou não têm condições de comprar uma.

 

As mulheres do município de Carmópolis finalizaram recentemente a oficina de patchwork com a professora Valdinete Lopes Lameira Lima, que também será a professora que irá ensinar o patch aplique. Para a professora, as duas formas de artesanato possuem grande aceitação no mercado por apresentar uma beleza diferenciada.

 

“Elas vão poder vender a um bom preço e fazer uma boa renda. Além disso, o patch aplique é um trabalho que ajuda na coordenação motora fina e preenche a mente com uma sensação de bem estar”, pontuou Valdinete.

 

Independência financeira

As oficinas são oferecidas a cerca de 400 mulheres de 07 municípios sergipanos a partir das demandas apontadas pelas próprias mulheres. A iniciativa tem o objetivo de incentivar novas habilidades entre elas, mas principalmente de proporcionar o conhecimento necessário para que possam buscar a sua independência financeira.

 

Segundo o relatório da Sempreviva Organização Feminista (SOF), publicado no ano passado, o período de pandemia deixou cerda de 40% das mulheres brasileiras preocupadas com a sustentação de seus lares. Além disso, a independência financeira das mulheres é um indicador da igualdade de gênero buscada historicamente.

 

A independência financeira feminina é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estipulado pela ONU. A ação está presente nas diretrizes do objetivo para Igualdade de Gênero e o de Redução das desigualdades, estipulando o prazo de 2030 para que o Brasil possa atender esses indicadores.