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Práticas da Engenharia de Alimentos exercem papel fundamental para as produções do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe

O dia 16 de outubro é marcado no Brasil como o Dia do Engenheiro de Alimentos. No mesmo dia, em mais de 150 países, é comemorado também o Dia Mundial da Alimentação. Ambas as comemorações reforçam a ideia da importância da alimentação de qualidade na vida das pessoas. O Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe fomenta essa prática a partir das oficinas de Processamento de Alimentos, realizadas pela engenheira de alimentos, Tuânia Soares. Os produtos alimentícios feitos pelas mulheres do Projeto passam por um processo rigoroso de testes de qualidade e sabor até chegar à mesa das famílias.

 

“As oficinas utilizam as técnicas de boas práticas para que o produto artesanal saia com qualidade e seguro para a comercialização. Elas utilizam os frutos dos seus quintais que antes não eram utilizadas e hoje produzimos diversos alimentos não só com a mangaba, mas também com a goiaba, o tomate, o maracujá, a manga e outros. As oficinas também promovem esse processo de conscientização sobre a importância do produto artesanal e do envolvimento com a manipulação das frutas, comercialização e valorização produto artesanal”, disse Tuânia.

 

Tuânia Soares, engenheira de alimentos do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe

 

Tuânia Soares – ou Tuca como é conhecida entre as mulheres do Projeto –  entrou no Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe em 2018 ainda como estagiária e podendo experimentar outra forma de trabalhar a sua profissão, diferente do que era aprendido no curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Sergipe. Hoje ela é graduada em Engenharia de Alimentos e também mestra em sua área.

 

“O curso ensina muito a parte de tecnologia industrial e no Projeto nós aprendemos a coletividade para fazer os produtos artesanais, que é um processo ainda mais complexo e que depende das mãos das mulheres para serem feitos com sabor e qualidade. No início foi impactante trabalhar com mais de 200 mulheres, mas com o tempo eu fui me sentindo mais confiante. Hoje somos mais de 400 mulheres e sinto que as oficinas me ajudaram a melhora a minha organização, comunicação e agilidade. Eu amadureci enquanto profissional ao lado dessas mulheres”, declarou a engenheira de alimentos.

 

Produção de cookie em Capuã

 

Nas oficinas de processamento de alimentos, as mulheres desenvolvem os já conhecidos produtos com a mangaba, como as geleias, doces, biscoitos, licores e até sorvete. Esse mesmo processo é feito com outras frutas e frutos que podem ser cultivados pelas próprias mulheres em seus quintais. As oficinas de processamento de alimentos também acontecem no Colégio Dr. Pedro Soares, no povoado Ribuleirinha, em Estância e lá, as crianças e pais e mães de alunos aprendem o aproveitamento total dos alimentos que também são cultivados em hortas e quintais produtivos no terreno da escola.

 

“Com as oficinas, a gente espera que as mulheres tenham autonomia e garantias de geração de renda, que elas possam passar os conhecimentos para outras gerações, uma ensinando a outra, que elas consigam quebrar as barreiras do mercado e entrem no circuito da visibilidade e que elas possam tem uma vida melhor através de suas produções”, destaca Tuânia Soares.

 

O Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe é realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Movimento de Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM).