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Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe realiza testes finais para a produção de linha de produtos diet

 

Ainda em 2023, as mulheres do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe iniciarão a comercialização da linha de produtos diet. Seguindo as receitas dos produtos convencionais como as geleias de goiaba e mangaba, e os petit four de maracujá e mangaba, as novas produções terão os compostos nutricionais recomendados para pessoas que necessitam consumir produtos de baixo teor calórico.

 

De acordo com a Engenheira de Alimentos do Projeto, Tuânia Soares, a diferença entre os produtos diet e os convencionais vai além do nome impresso no rótulo.

 

“Os produtos diet substituem o açúcar por edulcorantes e dizem respeito, também, à retirada de nutrientes que prejudiquem a saúde dos consumidores ou que agrave alguma patologia específica. O edulcorante exerce a principal função na preparação das receitas porque pode ser consumido por pessoas diagnosticadas com diabetes e que precisam consumir alimentos de baixo teor calórico”, explicou Tuânia.

 

A proposta da produção dos produtos diet foi uma demanda dos próprios consumidores na fase anterior do Projeto. Após a sinalização do público que consumia os alimentos produzidos pelas catadoras de mangaba e pelas mulheres de Carmópolis, as próprias mulheres que fazem parte do Projeto se sentiram contempladas com a sugestão porque uma parte das mulheres que produzem também não podem consumir os produtos convencionais e viram nos produtos diet a melhor alternativa para passarem de produtoras para consumidoras dos alimentos.

 

De acordo com Silvana Corrêa, instrutora na oficina de Processamento de Alimentos ao lado da Engenheira Tuânia, os produtos diet são uma oportunidade de atingir novos públicos.

 

“Eu fui diagnosticada recentemente com princípio de diabete, e a gente fica meio receosas de consumir alimentos com muito açúcar, então essa linha diet é de suma importância para nós produtoras que temos essa restrição alimentar e também para o público em geral, que sempre perguntam nas feiras se temos os produtos diet e agora vamos poder oferecer a eles também. É uma linha importante porque pensa na nossa saúde e na saúde do próximo”, disse Silvana.

 

Tuânia Soares explicou qual o processo de realização dos testes até que os produtos cheguem à mesa dos consumidores.

 

“Primeiro a equipe do Projeto começou os testes, junto com Silvana que é instrutora de práticas e tem mais experiência no manuseio da massa. Iniciamos com o teste das geleias e foram preciso três tentativas para a consolidação da geleia, até conseguir chegar à textura, o sabor e a doçura adequada. Conseguimos consolidar as geleias de goiaba e mangaba e os petit four de maracujá e mangaba. Aqui na sede nós conseguimos realizar a análise sensorial para saber se a validade é parecida com as dos produtos convencionais e, em seguida, enviamos todos os produtos para um laboratório em São Paulo para fazer a análise dos compostos nutricionais, que são importantes para a elaboração da tabela nutricional”, descreveu a engenheira.

 

Após os testes, será feita a análise sensorial do consumidor, onde os produtos serão levados para que os consumidores degustem e avaliem. Em seguida, serão elaborados os rótulos para que as mulheres comecem a produzir, inicialmente em pequena escala. O Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe é realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS).