Nos dias 14 e 15 de março, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Movimento de Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM), recebeu a visita da fiscal de projetos Tamie Ramos Kawaoka e do gerente de projetos da Petrobras, Dilermando Tell Cunha.
No dia 14, os visitantes puderam acompanhar o andamento das obras das unidades produtivas no povoado Manoel Dias (Estância) e em Carmópolis, ouvindo das próprias mulheres, que estão na expectativa para receber as unidades, a real importância do espaço na vida de cada uma e na produção coletiva da associação.
Para o gerente de projetos da Petrobras, Dilermando Cunha, os resultados anteriores do Projeto sempre foram muito bons e a construção das novas unidades demonstra essa maturidade.
“Estamos acompanhando o Projeto e como nas outras edições, os resultados são muito bons e, especialmente nessa edição, temos a previsão de construir essas duas unidades produtivas e viemos ver o andamento do processo. Já estamos na fase de conclusão das obras e está indo tudo bem.”, disse Dilermando.
De acordo com Dilva de Souza, catadora de mangaba do povoado Manoel Dias, a expectativa das mulheres para receber a unidade de produção está alta e elas já fazem muitos planos para o uso do espaço.
“Vai ser importante ter um lugar onde vamos produzir juntas com toda a estrutura que a gente precisa, onde podemos fazer atividades e teremos mais visibilidade também. Estamos em uma região turística e muitas pessoas passam por aqui, eles vão poder ver que as catadoras de mangaba de Manoel Dias tem um espaço físico e que podem conhecer mais sobre nossos produtos e nossa história”, declarou Dilva.
Acompanhamento das atividades
Além da visita às obras, ainda no dia 14, a fiscal e o gerente da Petrobras acompanharam as oficinas de processamento de alimentos, em Carmópolis, a oficina de agroecologia no povoado Aguada, com a produção de sabão líquido a partir do óleo usado, evitando o descarte indevido na natureza e a oficina de educomunicação em Divina Pastora.
E no dia 15, a equipe esteve junto com as mulheres de Alagamar (Pirambu) durante a oficina de design de moda. Os visitantes puderam conhecer melhor o trabalho das artesãs e conversar sobre a importância da organização das mulheres, do fortalecimento das associações e da manutenção da cultura de fazer arte com a palha do ouricuri.
A fiscal de projetos Tamie Kawaoka, já esteve em Sergipe em 2022 e visitou algumas áreas de atuação do Projeto Rede Solidária. Nesse retorno, ela espera ter uma outra experiência com as mulheres.
“Eu estive aqui em agosto do ano passado e foi um olhar mais global sobre o Projeto, visitei todas as unidades e pude ver como elas se organizam. Dessa vez, eu vim com o intuito de vivenciar mesmo as atividades com as mulheres. Sobre as unidades, eu fico muito feliz de ver que, daqui a pouco, elas vão poder usufruir desse espaço que vai contribuir com o aumento da produtividade delas e a continuidade das atividades coletivas”, destacou Tamie.
“A Ascamai tem feito um trabalho primoroso, é um projeto referência para a gente. Tanto do ponto de vista da transformação social, quanto da comunicação. E a acolhida do Projeto com a gente é sempre muito boa.”, complementou Dilermando, gerente de projetos da Petrobras.
Para a coordenadora do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, Mirsa Barreto, receber a Petrobras é sempre uma oportunidade de mostrar como as vidas das mulheres são transformadas.
“É sempre uma satisfação receber a equipe da Petrobras porque eles podem comprovar pessoalmente os benefícios que essa parceria traz para as mulheres e seus territórios. Avançamos muito desde a primeira edição e o desejo de todas nós é que os avanços continuem. São vidas transformadas e nós estamos contribuindo de perto com todo o processo”, afirmou Mirsa.
