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Oficinas do Projeto Rede Solidária iniciam para as mais de quinhentas mulheres cadastradas em Sergipe

 

No início de fevereiro de 2024, as oficinas ofertadas pelo Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, um projeto realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), iniciaram nos 11 municípios e para mais de 500 mulheres cadastradas no período do aditivo entre 2023/2025.

 

As atividades de Agroecologia, Processamento de Alimentos e Educomunicação são fixas nas demandas das comunidades e ocorrem em todas as áreas com a coordenação da equipe técnica plural que conta com engenheiras de alimentos e florestal e comunicadores, com uma metodologia participativa, com a participação das mulheres em todas as etapas das oficinas de forma ativa.

 

A Engenheira de Alimentos, Stephane Santos, esteve em locais que já faziam parte do projeto em anos anteriores e também nas novas comunidades inseridas, e destacou que em todas as localidades as mulheres demonstram interesse nas boas práticas e nas atividades de processamento de alimentos.

 

“As oficinas de Processamento de Alimentos estão sendo bem proveitosas, pois as mulheres estão interagindo bastante com o conteúdo apresentado. O conteúdo introdutório está sendo passado de forma simples e objetiva, para que de fato, seja formada uma base sólida, a qual iremos utilizar ao longo das nossas atividades durante esses dois anos de projeto”, disse Stephane Santos.

 

Uma das novas áreas de atuação é o povoado Flexeiras, em Santo Amaro das Brotas, lá as mulheres trabalham com artesanato, agroecologia e também com alimentos. Laize de Souza, moradora do povoado e produtora de alimentos, acredita que a chegada do projeto é uma oportunidade não só para ela, mas para o fortalecimento de toda a comunidade.

 

“Eu vejo que o projeto vem trazendo acolhimento para nossa equipe aqui de Flexeiras. Despertando uma vontade de fazer o mundo melhor, de resgatar a nossa autoestima e nos motivar com o nosso trabalho. Com o projeto, as mulheres de Flexeiras podem mostrar todo o nosso potencial, para que a gente possa crescer juntas e fortalecidas”, contou Laize, mais conhecida como Amada no seu povoado.

Mulheres do povoado Flexeiras (Santo Amaro das Brotas)

 

Aprendizado e fortalecimento da autoestima

Além disso, foi iniciada também a oficina de automaquiagem, com a proposta de trabalhar o fortalecimento e a autoestima das mulheres nas comunidades. Dany Queiroz, que já contribuiu com o projeto em outras oportunidades como maquiadora e designer, conta que as oficinas de automaquiagem são uma forma de mostrar para as mulheres a força que cada uma delas possui dentro de si.

 

“A experiência durante as oficinas visa não apenas ensinar habilidades técnicas, mas também promover um ambiente que celebra a diversidade, realçando a beleza única de cada participante. Acredita-se que o aprendizado desta arte seja não apenas transformador na aplicação de maquiagem, mas também na capacidade de cada mulher se sentir mais confiante e empoderada”, declarou Dany Queiroz.

 

Para Silvana Correia, umas das participantes da oficina de automaquiagem no povoado Capuã, na Barra dos Coqueiros, o ato de se maquiar recupera nas mulheres uma versão muito mais forte e empoderada de cada uma. “Para mim, a oficina de maquiagem é muito importante porque a gente se sente mais mulher. Na maioria das vezes a gente está triste, deprimida com a vida e se sente pra baixo quando olha no espelho. Quando coloca uma maquiagem tudo muda, aquela mulher triste deixa de existir e dá lugar para uma mulher alegre, cheia de si como devemos nos sentir sempre”, comemorou Silvana Correia.

 

De acordo com Mirsa Barreto, coordenadora do projeto, a forma como a Rede Solidária atua nas comunidades é fundamental para o estímulo do acolhimento e do fortalecimento.

 

“Tudo o que a gente faz nas comunidades é a partir das demandas que as mulheres apresentam para a gente e fazemos as atividades com muito carinho, dedicação e de forma que elas sejam as protagonistas em todas as etapas. Durante esses dois anos, teremos também o acompanhamento de uma Assistente Social nas atividades, potencializando os espaços e diagnosticando os pontos onde podemos nos aprofundar, garantindo que as mulheres consigam assimilar os conteúdos e repassar para suas companheiras, construindo uma rede de fortalecimento”, afirmou Mirsa Barreto.