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Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba recebe diversas mulheres do projeto Rede Solidária durante intercâmbio

 

Na quinta-feira, dia 19 de setembro, o projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe realizou mais uma ação de compartilhamento de experiências e vivências entre as mulheres que integram a iniciativa. O projeto, que é realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), proporcionou às participantes de diversas comunidades um dia de aprendizado e conhecimento no povoado Pontal, em Indiaroba, local da sede da associação proponente do projeto.

 

A experiência imersiva trouxe o conceito de turismo de base comunitária, já trabalhado em todas as associações que integram o projeto, onde as visitantes puderam sentir a comunidade de maneira mais intimista e com as orientações de pessoas nativas do povoado. Além da visita a associação, o roteiro incluiu o porto de Pontal e a pequena área de mangabeiras que ainda resiste no povoado.

 

Alícia Salvador, referência na luta do Movimento das Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM) e da Ascamai, foi a guia das mulheres nos pontos visitados durante o intercâmbio. Com conhecimento de quem nasceu e cresceu no povoado, Alícia contou histórias únicas locais e da trajetória da organização das mulheres catadoras de mangaba do território. Pelo projeto, participaram do intercâmbio mulheres de Aracaju, Poço Verde, Estância, Divina Pastora, Japaratuba, Pirambu e Carmópolis.

Para a representante do povoado Malhadinha, em Poço Verde, Maria Doriane, a experiência foi algo marcante e despertou nela a vontade de conhecer outros lugares que fazem parte do projeto Rede Solidária. “Eu não conhecia Pontal e amei a experiência, cada momento conta uma história, conta uma vivência, conta uma experiência, conta também um pouco da vida delas. Eu achei muito lindo esse empoderamento e o fortalecimento entre as mulheres, e como elas dizem, ‘uma sobe e puxa a outra’. Achei muito lindo isso. Quer dizer, não deixar ninguém para trás, nenhuma mulher para trás. Quero ir sim em outros intercâmbios, com certeza! ”, afirmou Maria Doriane.

 

Alzilene Santana, presidente da Ascamai, apresentou a história da associação para as mulheres e acredita que isso pode contribuir para que elas também possam replicar em seus territórios. “É bom poder contar nossa história para mulheres que a gente vê de cara que são lutadoras como nós. Então a gente passa a história da associação, de sua formação, de como surgiu o Movimento das Catadoras de Mangaba de Sergipe e o projeto Rede Solidária, mas contamos também os avanços e dificuldades da nossa comunidade. Acho que elas passam por coisas parecidas e vamos nos fortalecendo juntas”, disse.

O objetivo do intercâmbio foi alcançado, de acordo com a coordenadora do projeto, Mirsa Barreto. “Nós pensamos em espaços de troca de experiências e de crescimento coletivo, espaços de escuta e de aprendizado. As mulheres ficaram maravilhadas com a beleza do povoado Pontal, como todos nós sempre ficamos, mas puderam aprender sobre a história de luta passada, presente e futura e vão voltar às suas comunidades como agentes multiplicadoras, contando às companheiras sobre as experiências vividas e como as associações podem se apoiar para vencer os desafios”, celebrou Mirsa Barreto.

 

O intercâmbio surgiu através de uma demanda das mulheres de conhecer as comunidades que as companheiras fazem parte, tornando mais palpáveis as referências que são relatadas durante dos encontros na sede da associação. Até 2025, outros encontros acontecerão com o mesmo objetivo de aprendizado.