A reunião de mobilização e suporte às associações com o tema “Discutindo a Comunicação Digital nas Associações”, começou nesta segunda-feira, 11, com uma prática de yoga, guiada pela professora Lara Santana, que faz parte do Projeto Karu, realizado pela Rede Karunaçu, um coletivo que promove ações e intervenções culturais e comunitárias.
Com uma prática unindo movimento e interiorização, “as mulheres puderam perceber seus corpos e suas mentes de uma forma que não é possível no dia a dia da lida como artesãs e catadoras de mangaba. Foi uma percepção diferente para elas e para nós, porque estar junto com tanta diversidade de mulheres também nos faz acumular”, disse Lara.
Ana Maria, catadora de mangaba de Manoel Dias, adorou a aula e confessa que queria poder praticar yoga todos os dias. “Eu adorei, foi maravilhoso. Senti meu corpo muito relaxado, aprendi a respirar corretamente. É o tipo de atividade que com certeza contribui para o nosso bem-estar e nossa saúde mental. Queria todos os dias”, afirmou.
Comunicação comunitária
A primeira roda de conversa foi conduzida pela jornalista do Projeto Rede, Marília Souza, que instigou as mulheres para uma reflexão sobre comunicação comunitária, enquanto uma ferramenta de um tipo de comunicação plural e que vai além do ato de informar.
Para Marília, a comunicação comunitária tem como objetivo estimular a auto-organização e a valorização das comunidades. “A comunicação comunitária é a estratégia de comunicação que acredito passar mais realidade e sentimento na linguagem. É uma comunicação de dentro para dentro e de dentro para fora. É quando quem vive consegue contar suas histórias com o olhar real. E é essa comunicação que as mulheres da Rede Solidária tem mais proximidade”, explicou.
Durante a oficina, as mulheres participaram da dinâmica “repórter por um dia”, quando elas tiveram a oportunidade de simular uma entrevista e, assim, contarem uma história noticiosa, a partir de suas próprias visões e experiências em comunidade.
Dona Claudeci Santos noticiou a doação de um terreno que a Prefeitura de Carmópolis irá fazer, onde o Projeto Rede vai construir uma Unidade Produtiva para as mulheres do município. “Foi muito interessante a gente ter a oportunidade de contar uma história com as nossas próprias palavras, com a nossa emoção. É diferente eu contar essa história, porque eu sei a importância dessa doação para as mulheres da minha comunidade, eu conheço as nossas necessidades e a minha emoção é sentida por quem está ouvindo, isso faz diferença”.
Fotografia
A terceira e última atividade do dia foi a oficina “Noções básicas de fotografia”, ministrada pelo fotógrafo do Projeto, Kaippe Reis, que teve como objetivo ensinar as mulheres os princípios da fotografia, por meio de uma metodologia prática e simplificada, além de fornecer dicas e compartilhar conhecimentos para criação mais harmoniosa da fotografia.
Segundo Kaippe, a comunicação digital faz parte da cidadania contemporânea e precisa estar presente no dia a dia da comunicação das associações. “Em um mundo cada dia mais imagético, o uso e compreensão da fotografia ajuda as mulheres a compreender o mundo ao redor e se apropriar dos signos padrões para otimizar as vendas e ter acesso a renda própria”, explicou.
Para Ana Cleide, a oficina foi bastante proveitosa. “Eu gostei muito porque sempre posto fotos dos artesanatos que eu faço como, bolsa, tapete e outras coisas. Mas, eu tirava foto em qualquer lugar, às vezes a foto saía clara ou escura e assim mesmo eu mandava no instagram e no whatsapp. Agora, o professor me ensinou como fazer nesse estúdio caseiro e eu vou fazer assim, que é muito melhor”, contou.
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