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Projeto Rede fará live em alusão ao mês de luta das mulheres pretas

 

Dororidade, conceito criado pela intelectual Vilma Piedade será tema de live, proposta pelo Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe. O debate virtual acontecerá no próximo dia 20, às 16h, através do Instagram do Projeto (@redesolidariademulheres) e contará com a participação da professora Carine Mangueira, importante ativista antirracista do movimento negro em Sergipe, e a mediação da catadora de mangaba Tainara Nascimento.

 

Neste mês, em que se comemora o Dia da Mulher Negra – dia 25 de julho, instituído pela Lei nº 12.987/2014, o Projeto Rede homenageia Vilma Piedade, mulher negra, graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Pós-graduada em Ciência da Literatura pela mesmo instituição. Uma importante lutadora dos direitos das mulheres negras, professora, escritora e autora do livro-conceito Dororidade.

 

Dororidade pode ser entendido como a cumplicidade entre as mulheres negras que se conectam, se unem, a partir de dores que só as mulheres negras reconhecem. O racismo e o machismo impõem às mulheres negras barreiras históricas, e dores cotidianas, jamais impostas às mulheres brancas, ainda que elas também sofram com o machismo estrutural. Um exemplo disso, é a luta das mulheres brancas para acessar o mercado de trabalho, enquanto muitas das ancestrais negras já trabalhavam sob o regime da escravidão.

 

Para Alicia Salvador, presidente da Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai) é muito importante esse debate ser provocado pelo Projeto. “Nós atuamos com mais de 400 mulheres, quase todas pretas e de comunidades tradicionais, construir esse entendimento com elas é extremamente necessário. Reconhecer e afirmar a nossa negritude é muito difícil, mas juntas a gente torna mais fácil”, disse.

 

 

REDE SOLIDÁRIA

 

O Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe é realizado pela Ascamai em parceria com a Petrobras e o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Atua em sete municípios sergipanos; são mulheres dos povoados Pontal, em Indiaroba, Ribuleirinha e Manoel Dias, em Estância, Capuã, na Barra dos Coqueiros, Baixa Grande, em Pirambu, Porteiras, em Japaratuba, Santa Bárbara, Aguada e assentamentos São José e Palmeira, em Carmópolis, e Divina Pastora.

 

A Rede Solidária de Mulheres de Sergipe realiza ações que envolvem a qualificação profissional dos processos e produtos desenvolvidos artesanalmente, com a construção de duas Unidades de Beneficiamento dos Frutos; novas linhas de produtos; expansão da comercialização com a criação do site de vendas online, o E-commerce; além de formações, através de oficinas, webinários, workshop, seminários organizativos, educativos e ações de conscientização e combate à desigualdade racial e de gênero, e à violência contra as mulheres.