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Projeto Rede Solidária de Mulheres apoia Mostra Maternidade Real com a exibição de filmes e diálogos sobre a diversidade do maternar em Carmópolis

 

Celebrando sua terceira edição, a Mostra Maternidade Real, realiza no dia 12 de maio a exibição de filmes e documentários que atravessam as questões da maternidade real e uma roda de conversa na Escola Municipal Dom Pedro I, no povoado Aguada, em Carmópolis. A atividade é fruto de uma articulação das integrantes da Mostra com o apoio do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

 

 

Motivadas por uma insatisfação com a pouca representatividade de maternidades diversas sem romantização, e para ir de encontro com representações que provocam inseguranças, sofrimentos dos mais diversos tipos como emocional, mental e social, disseminadas pela grande mídia, três mães e cineastas – Dominique Mangueira, Luciana Oliveira e Manoela Veloso Passos – criaram a Mostra Maternidade Real como espaço de troca, acolhimento e discussão política sobre os temas.

 

 

Nesta edição de 2023, o evento será realizado através de três ações presenciais: no dia 04, em parceria com o Cineclube Soulberg, no auditório da Biblioteca Central da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em São Cristóvão, às 18h, com entrada gratuita. No dia 07, a Mostra ocupará o cinema do Alquimia Cultural às 14h30, em Aracaju, com o valor de R$12,50 (meia entrada) para o público em geral, e fechará a exibição deste ano no dia 12, às 13h30, na Escola Municipal Dom Pedro I, no povoado Aguada, em Carmópolis, em parceria com o projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe.

 

 

Em Aguada, serão exibidos os filmes A culpa é da mãe (SE) – que terá a sua pré-estreia no local, e Rebento (BA), de direção de Vinicius Eliziário, trazendo o tema da gravidez na adolescência e os sentimentos e questões que envolvem o tema.  Para Valdiene Vieira, liderança do povoado e integrante do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, a mostra é uma oportunidade de diálogo com toda a sociedade. “É muito importante que esse tipo de debate aconteça nas escolas, nas comunidades, não só para as crianças e adolescentes, mas para nós, mães, para os pais e a comunidade escolar de maneira geral, pois as informações ajudam a prevenir muitas situações”, concluiu Valdiene.

 

 

Além da exibição dos filmes, o evento contará com rodas de conversa com algumas diretoras, atriz e mães que fizeram parte direta ou indiretamente da construção da Mostra deste ano. De acordo com uma das idealizadoras da Mostra e co-diretora do filme ‘A culpa é da mãe’, que terá sua pré-estreia no último dia do evento, Manoela Veloso Passos, a figura materna vem sendo representada de forma simplificada com alguns aspectos irreais e insustentáveis, o que provoca um esgotamento físico e emocional alarmante nas mulheres que são compulsoriamente alvo dessas expectativas tanto de si, como dos círculos sociais que as envolvem.

 

“Vemos a maternidade como uma função social, realizada não apenas pela genitora, e com forte impacto na sociedade que construímos. Em nossa sociedade atualmente, é da mãe que se cobra todas as consequências da criação das crianças, ainda que não se contribua de nenhuma forma positiva para o exercício dessa função. Além disso, o acesso a informação sobre alguns dos temas que iremos repercutir é mais um passo em busca de uma sociedade mais justa. Enfim, compartilharmos coletivamente essa responsabilidade, como um primeiro passo de tornar a maternidade uma experiência saudável”, destacou Manoela.