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Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe discute sobre a invisibilidade do trabalho da mulher em live no dia 8 de março

 

No dia 8 de março, data marcada como o Dia Internacional da Mulher, às 16h, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), irá realizar uma live com o tema “Invisibilidade do trabalho da mulher”, na página do Instagram do projeto, @redesolidariademulheres.

 

A live contará com a participação de Alicia Salvador, catadora de mangaba e presidenta da Ascamai, Katiane de Jesus, catadora de mangaba e integrante da Associação das Catadoras de Mangaba de Manoel Dias – Ascamade, e da jornalista Aline Braga.  A mediação será feita pela assessora de mídias sociais do projeto, Díjna Torres. Segundo Alícia Salvador, a invisibilidade do trabalho da mulher é um tema que deve ser constantemente debatido, uma vez que a sociedade ainda não enxerga e valoriza o trabalho não remunerado exercido pelas mulheres.

 

“Desde a infância somos conduzidas ao trabalho doméstico como se fosse uma obrigação só nossa, e além desse tipo de trabalho, do cuidado com a casa e os filhos, a mulher ainda cuida da carreira, dos estudos, vivendo muito sobrecarregada. Precisamos mostrar que a igualdade de deveres e direitos é fundamental para toda a sociedade e todo mundo tem a ganhar com isso”, ressaltou, Alicia.

 

A catadora de mangaba, Katiane de Jesus, reforça ainda, a disparidade salarial entre homens e mulheres, para além da sobrecarga do trabalho do lar. “Muitas mulheres fazem o mesmo trabalho que os homens e não são remuneradas de acordo com sua função. Eu acredito que, para enfrentar essa invisibilidade do trabalho que nós mulheres estamos sujeitas, é necessário promover políticas públicas que reconheçam sua importância econômica e social e assegurar o direito à remuneração justa e também justa divisão de tarefas no lar”, pontuou.

 

Mobilização e Trabalho

 

De acordo com Aline Braga, o tema da live aponta para a história que marcou o dia 8 de março, que tem como foco o trabalho – suas condições e suas consequências mais amplas na vida como um todo. “Um movimento tão significativo que deu corpo para uma mobilização, que mesmo mais de 100 anos depois, aponta para o protagonismo ou reconhecimento da mulher em todas as dimensões da vida. Então, tratar desse tema no dia 8 de março, do lugar de onde nos vejo, me remete à necessidade de devolver humanidade à existência da mulher, principalmente das mulheres negras”, afirmou.

 

A coordenadora do projeto, Mirsa Barreto, destaca a importância em relembrar os motivos pelos quais celebramos o Dia Internacional da Mulher e a discussão acerca do trabalho e sua invisibilidade como um tema que provoca atravessamentos em todas as mulheres que fazem parte do projeto. “A conquista de direitos é uma luta que não cessa, e é a partir do diálogo e da mobilização através de ações concretas que incentivem a autonomia das mulheres, que podemos achar o caminho para visibilizar a importância do nosso trabalho”, concluiu.