Para trazer reflexões sobre o Novembro Negro, mês que celebra a Consciência Negra, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, que é realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), realizará a live “Novembro Negro e o Aquilombamento em Rede”, na página do projeto no Instagram (@redesolidariademulheres), na terça-feira, dia 19 de novembro, às 16h, dia que antecede o Dia da Consciência Negra, decretado a partir deste ano como feriado nacional.
A live será inteiramente protagonizada pelas mulheres que fazem parte do Projeto Rede Solidária de Mulheres, desde a sua mediação que será realizada pela catadora de mangaba, Tainara Vidal (Ribuleirinha – Estância), até a participação das convidadas, Alícia Salvador (Pontal), Valdenora Ribeiro (Lagoa do Junco) e Josilene Tavares, do povoado Alagamar (Alagamar – Pirambu). A proposta é compartilhar experiências enquanto mulheres negras sergipanas e provocar reflexões sobre as lutas em seus territórios e a importância do aquilombamento.
Para Tainara Vidal, a live buscará apresentar os desafios enfrentados pelas mulheres negras e que são invisibilizados na sociedade, além de enaltecer a importância do Novembro Negro.
“A sociedade ainda é muito cruel com as mulheres e quando são mulheres pretas a crueldade é muito maior, somos vistas como as que não podem ter oportunidade de estudar, ter um cargo bom, receber salários dignos e hoje ainda há quem diga que queremos nos vitimizar porque não aceitamos mais o que a sociedade quer nos impor, sabemos o quanto somos fortes e o quanto podemos ir além do que acham que não somos capazes. Viver a diversidade de raça e cor, ainda é um desafio diário, mas já avançamos muito e continuaremos avançando para construirmos um mundo igualitário onde a cor será apenas identidade e não uma definição para ter oportunidades e é isso que buscaremos discutir”, afirmou Tainara.
Valdenora Ribeiro, artesã da comunidade quilombola Lagoa do Junco, em Poço Verde, enfatiza que debater o tema das mulheres negras é essencial para promover a conscientização e a valorização de uma parcela da sociedade que historicamente enfrenta marginalização e discriminação. “Esse debate destaca as questões específicas que afetam as mulheres negras, como o racismo, o sexismo e a desigualdade socioeconômica, permitindo uma análise crítica dessas interseções.”, concluiu Valdenora.
A live acontece no dia 19 de novembro, às 16h, no Instagram @redesolidariademulheres.
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