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Mulheres do Projeto Rede Solidária reforçam a importância da luta pelo fim da violência contra a mulher

 

 

O dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, é um marco na luta pelo fim da violência contra a mulher, pois encerra a campanha 16 Dias de Ativismo, criada em 1991, pela Organização das Nações Unidas (ONU), e iniciada em 25 de Novembro, em lembrança ao Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher. Neste sentido, as mulheres do projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, uma iniciativa da Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), enfatizam a importância da campanha e de todas as ações desenvolvidas ao longo do ano para debater sobre o tema.

 

A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi elaborada em 10 de dezembro de 1948 na Assembleia Geral da (ONU) e é um marco na história dos direitos humanos, pois, foi estabelecida pela primeira vez, uma norma comum a todas as nações em proteção aos direitos e liberdades individuais e coletivas. O documento apresenta 30 artigos que define os direitos básicos do ser humano, dentre estes, artigos que buscam a proteção das mulheres e a luta pelo fim da violência e violação de seus direitos.

 

“O projeto desenvolve ações também pautadas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, sobretudo no que diz respeito à dignidade humana e à proteção às mulheres que sofrem diversos tipos de violência e que, ao longo dos encontros de auto-organização e das oficinas do projeto, são acolhidas e têm a oportunidade de trocar experiências semelhantes com outras mulheres, além de ter acesso às Leis e aos Direitos que devem garantir a sua proteção”, afirmou a coordenadora do projeto, Mirsa Barreto.

 

Para Laize Feitosa, do povoado Flexeiras, em Santo Amaro das Brotas, os encontros promovidos pela Rede são de fundamental importância, pois muitas, assim como ela, não sabem ainda o que é uma violência ou abuso. “Eu, particularmente, sofri muitos abusos e naquele tempo eu não sabia o que era abuso. Depois de 40 anos de idade, eu vim abrir meus olhos. Eu sofri muita violência, e hoje eu abri meus olhos com a ajuda de projetos como a Rede Solidária de Mulheres, que nos recebe com tanto amor e sempre lembrando que lugar de mulher é onde ela quiser. Hoje eu sei dizer não, hoje eu não sofro mais abuso, hoje eu sou uma mulher que tenta despertar em outras pessoas que a gente tem o direito de dizer não. E isso eu atribuo ao projeto Rede”, destacou.

 

Dona Maria Nazaré dos Santos, do povoado Pontal da Barra, no município de Barra dos Coqueiros, enfatiza a importância da denúncia. “Eu acho que a gente tem que falar. Eu sofri muito tempo calada porque eu não tinha essa instrução, essa orientação. Eu achava que era o certo apanhar do marido. Mas quando a gente fala, compartilha e começa a ter acesso ao conhecimento, a gente percebe que não é certo e por isso a gente tem que incentivar que as mulheres falem, que denunciem e procurem ajuda e isso a gente só sabe se participar das coisas pra aprender, porque é aprendendo que vamos poder partilhar e ajudar”, concluiu.

 

Se você se deparar com uma situação de violência contra a mulher, denuncie, ligue 180, rompa o silêncio e quebre o ciclo, pelo fim da violência contra a mulher.