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Mulheres do projeto celebram o início das oficinas técnicas em 2025 nas diversas regiões que fazem parte da Rede

 

As oficinas de Agroecologia, Processamento de Alimentos e Educomunicação, ofertadas pelo Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), já iniciaram nos 11 municípios e para mais de 500 mulheres cadastradas. Estas são atividades fixas a partir das demandas das comunidades e ocorrem em todas as áreas com a coordenação da equipe técnica, que conta com engenheiras de alimentos e florestal e profissionais da comunicação.

 

A engenheira de alimentos, Stephane Santos, reforçou a importância do início das atividades já no primeiro mês do ano. “Nós trabalhamos de maneira coletiva com a metodologia participativa, além disso, buscamos identificar as potencialidades de cada região e agregar às demandas apresentadas pelas mulheres. Cada área tem a sua peculiaridade e seu interesse de produção e para este quadrimestre, por exemplo, estamos focando na produção de doces e licores a partir das frutas de cada região, bem como aulas mais focadas na conservação dos produtos, como a produção de polpas frutíferas”, disse.

 

 

Além das oficinas fixas do projeto, neste ano, a Rede conta com uma grande novidade, as oficinas de fortalecimento auto-organizacional. De acordo com a realizadora da oficina, a catadora de mangaba e turismóloga Patrícia de Jesus, o objetivo de dialogar sobre fortalecimento e auto-organização nas comunidades e associações é o de buscar atender a demanda das mulheres a exemplo da discussão sobre como construir um estatuto adequado para cada associação e sua importância.

 

“É de extrema importância que as associações compreendam o que diz o estatuto e como ele deve ser feito, que demandas ele deve atender. Além disso, nós temos discutido outras questões de fundamental importância, como a elaboração de ata de reuniões, de que maneira deve ser feito o registro em cartório, documentação necessária, divisão de tarefas e as funções importantes dentro da composição de uma associação que buscam fortalecer ainda mais o trabalho das mulheres em coletivo”, afirmou Patrícia.

 

Força e estímulo para as mulheres

 

Jaciara Pinheiro, uma das mulheres que fazem parte do projeto, da comunidade quilombola de Pontal da Barra, em Barra dos Coqueiros, contou que está muito animada em retornar às oficinas, pois o projeto ter chegado à sua comunidade foi uma grata surpresa. “Eu fui para todos os cursos desde que o projeto chegou aqui. Para mim, é uma benção poder sair de casa, mesmo levando minhas crianças, que são sempre acolhidas nas aulas, brincam na sede, enquanto estou na aula, para poder aprender novas coisas e ter oportunidade na vida. Espero que esse ano eu aprenda ainda mais e possa tirar o meu sustento do que estou aprendendo aqui”, relatou.

 

A coordenadora do projeto, Mirsa Barreto, ressalta a importância do acolhimento às mulheres em todos os eventos, oficinas e oportunidades de aprendizado e comercialização. “Acolher as mulheres em todos os momentos faz com que elas se sintam pertencentes e fortes para exercer toda a sua potencialidade nas aulas, nos cursos, na comercialização de seus produtos. Essa é uma premissa fundamental no projeto e é o que faz com que as mulheres sintam-se estimuladas a participar de todas as atividades, como temos acompanhado”, finalizou a coordenadora.