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Rede Solidária de Mulheres de Sergipe: Protagonismo no ano das mulheres e meninas

 

 

Proclamado pelas Nações Unidas (ONU), 2025 foi definido como o ano dedicado às mulheres e meninas, destacando o papel essencial de governos, sociedade civil, mídia, líderes comunitários e empresariais na promoção dos direitos das mulheres e na busca pela igualdade de gênero. A iniciativa global coloca no centro da discussão o empoderamento das gerações futuras, liderado pelas meninas de hoje, como caminho fundamental para transformar realidades.

 

A Rede Solidária de Mulheres de Sergipe representa um projeto dedicado a fortalecer a autonomia e os direitos das mulheres em todo o estado, especialmente em territórios vulneráveis. Criada pela Associação das Catadoras de Mangaba e Indiaroba (Ascamai) e apoiada pelo Programa Petrobras Socioambiental, a Rede é uma iniciativa que transcende o desenvolvimento econômico, promovendo justiça social, preservação ambiental e o empoderamento feminino.

 

O projeto atua em Carmópolis, Indiaroba, Estância, Barra dos Coqueiros, Pirambu, Japaratuba, Divina Pastora, Poço Verde, Neópolis, Santo Amaro das Brotas e Aracaju em 19 comunidades e beneficia diretamente cerca de 500 mulheres. Com metodologia participativa, a Rede escuta, valoriza e conecta as mulheres para que elas possam identificar suas necessidades e transformar suas realidades.

 

Segundo a coordenadora geral do projeto, Mirsa Barreto, a Rede vai além de um projeto de capacitação. “Nosso objetivo é empoderar mulheres em seus territórios, respeitando suas histórias, suas culturas e promovendo o protagonismo necessário para transformar realidades. Trabalhamos para que essas mulheres não apenas se insiram no mercado, mas liderem e sejam agentes de mudança”.

 

A proposta também amplia o debate sobre temas essenciais, como violência doméstica, direitos reprodutivos, sustentabilidade e comunicação, abordados de forma transversal em oficinas práticas e teóricas. “Acreditamos na força da coletividade. Cada ação que realizamos é fruto da troca de experiências e da união das mulheres. Juntas, mostramos que é possível reconstruir nossa identidade cultural e fortalecer nossas comunidades”, afirma Mirsa Barreto.

 

Com o início de novas gestões municipais em 2025, a Rede Solidária tem um papel estratégico ao destacar as demandas das mulheres e alinhar suas expectativas com a formulação de políticas públicas. Como enfatiza Elisana Santos, professora aposentada, moradora do Assentamento Palmeira, no município de Carmópolis, um dos territórios que compõe a Rede.

 

“Este ano, com a nova gestão municipal as expectativas são as melhores, para que andemos juntos e para que a gestão acolha com comprometimento as ações da Rede, as nossas necessidades e que traga melhorias para todas nós. Que as boas novas sejam repletas de oportunidades para as mulheres do nosso município”.

 

Neste ano que celebra as mulheres e meninas, a Rede Solidária de Mulheres de Sergipe se consolida como um espaço de articulação e transformação. Mais do que executar ações pontuais, a Rede atua como um elo entre as mulheres e o poder público, incentivando a construção de políticas públicas participativas e fortalecendo as vozes delas nos processos de decisão.