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Intercâmbio Agroecológico fortalece autonomia de mulheres no campo e promove sustentabilidade

 

Na última quinta-feira, 13 de março, cerca de 32 mulheres que participam do projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), estiveram no Intercâmbio Agroecológico, realizado no povoado Flexeiras, em Santo Amaro das Brotas. O encontro foi um marco no fortalecimento da agroecologia como instrumento de autonomia e sustentabilidade, promovendo uma intensa troca de saberes sobre o manejo da terra, produção de alimentos saudáveis e organização comunitária.

 

As participantes vieram de diferentes comunidades e compartilharam uma realidade comum: são protagonistas no cuidado com a terra e na geração de renda para suas famílias. O intercâmbio permitiu que conhecessem as experiências das mulheres de Flexeiras, que têm se destacado por práticas agroecológicas que fortalecem a segurança alimentar e a economia local. “Foi uma experiência muito enriquecedora, porque aprendemos na prática como podemos melhorar nossas produções e fortalecer nossa autonomia, além de entendermos que muitas das dificuldades enfrentadas por nós são parecidas com as de outras mulheres”, destacou Erlania Santos, do quilombo Lagoa do Junco.

 

Além das práticas de cultivo sustentável, o intercâmbio também trouxe um mergulho na história e nos hábitos culturais do povoado, reforçando a importância da valorização das tradições locais e da coletividade na construção de um futuro mais sustentável. “Receber tantas mulheres aqui no nosso lugar, mostrar da nossa cultura e o que estamos fazendo em relação a agroecologia aqui no nosso povoado. A gente percebe que não está sozinha e que juntas podemos ir muito mais longe”, reforçou Hildete Teles.

 

 

A atividade reforçou o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no que se refere à erradicação da fome (ODS 2), igualdade de gênero (ODS 5) e consumo e produção responsáveis (ODS 12). Para a Engenharia Florestal do projeto, Chiara Donadio, essa troca de experiências demonstra que a agroecologia vai além da produção de alimentos – ela transforma vidas e territórios.

 

“O que vimos durante o Intercâmbio foi um exemplo de que a agroecologia é uma ferramenta poderosa para a autonomia das mulheres e para o desenvolvimento sustentável das comunidades. Esses momentos de aprendizado coletivo geram impactos que vão além do campo, fortalecendo o tecido social e garantindo um futuro mais justo e equilibrado”, afirmou Chiara.

 

Já para a coordenadora geral do projeto, Mirsa Barreto, o Intercâmbio Agroecológico representa um passo fundamental para a multiplicação do conhecimento e fortalecimento das redes comunitárias. “Cada mulher que esteve no Intercâmbio leva consigo novas ideias, novas práticas e a certeza de que a agroecologia não é só uma alternativa de produção, mas um caminho para transformar realidades. Esse é um movimento que cresce e se fortalece a partir da coletividade e do compartilhamento de experiências”, destacou Mirsa.

 

 

O Intercâmbio Agroecológico não se limitou apenas a um espaço de aprendizado técnico. O encontro foi marcado pelo afeto, pela sororidade e pela construção de vínculos entre mulheres que enfrentam desafios semelhantes em seus territórios. A troca de experiências entre as agricultoras reforça que a agroecologia é também uma forma de resistência e luta por um modelo de desenvolvimento que respeita as pessoas e a natureza. As práticas compartilhadas durante o intercâmbio serão levadas para diferentes comunidades, multiplicando o impacto da iniciativa e criando uma rede de fortalecimento mútuo.