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Representantes de territórios diversos participam de Encontro de Educomunicação da Rede Solidária de Mulheres de Sergipe

 

Nos dias 19 e 20 deste mês, as mulheres de diversas comunidades sergipanas onde o projeto atua participaram do Encontro de Educomunicação da Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, uma iniciativa realizada pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O Encontro foi realizado na sede do projeto, onde as mulheres dialogaram sobre comunicação e suas diversas possibilidades de trocas e desafios em suas comunidades.

 

No primeiro dia de evento, aconteceu a roda de conversa “Comunicação, diversidade e resistência”, com as convidadas Geovana Soares e Yá Sônia Oliveira, dialogando sobre comunicação como ferramenta de transformação social e que tipo de comunicação fazemos entre nós e com o mundo. “Foi enriquecedor. É muito gratificante receber uma missão para colaborar com os processos. A conversa foi muito produtiva, sensível, forte, potente, alegre, muitas histórias de vida, mas com muito foco também no potencial produtivo da Rede Solidária de Mulheres de Sergipe”, celebrou, Yá Sônia Oliveira.

 

No turno da tarde, as mulheres participaram de uma oficina prática de como utilizar o Canva como aliado na produção em comunicação com o fotógrafo do projeto, Raul Marx. A coordenadora de Educomunicação, Ana Paula Machado, falou sobre o poder da educomunicação na luta das mulheres por visibilidade e transformação social.

 

 

“A educomunicação é uma das nossas realidades, fortalecendo o protagonismo feminino e promovendo mudanças reais nas comunidades. Esse espaço de troca é fundamental para que possamos compartilhar experiências, construir conhecimento coletivo e ampliar redes de apoio. Quando dominamos nossas próprias narrativas, rompemos silenciamentos e tomamos o lugar que é nosso por direito. Este encontro não é apenas uma troca é um movimento de fortalecimento e resistência. A comunicação é uma arma poderosa, e quando mulheres se organizam, se expressam e se conectam é possível transformar realidades”, afirmou.

 

 

Para Laiane Silva Menezes, do povoado Porteiras, em Japaratuba, o encontro promoveu troca de conhecimentos e possibilidades de ir além nas ferramentas de comunicação utilizadas pelas associações. “Sou a secretária da Associação de Catadoras de Mangaba do povoado Porteiras e estou à frente da rede social, e além dos debates que tivemos ao longo dos dias, que foram muito importantes, até para a gente ver que temos desafios muito parecidos em nossas comunidades, a oficina de Canva, que é algo que eu já utilizo no meu dia e poder aprimorar, testar outras técnicas foi muito proveitoso”, disse.

 

Comunicação popular e comunitária é o caminho

 

No segundo e último dia de evento, as mulheres reuniram-se com a equipe de comunicação do projeto, para trocar experiências com a comunicação em suas comunidades, além de conversar sobre em que consiste a comunicação popular e comunitária e porque o seu modelo de metodologia participativa, horizontal e pautada na realidade social de cada comunidade é desenvolvido pelo projeto.

 

Na ocasião, as mulheres compartilharam os desafios e exemplos de situações que ocorreram em suas comunidades, e a forma como foram solucionadas as questões. Além disso, houve um momento sobre saúde da mulher, com alunas do curso de Direito da Universidade Tiradentes e da médica Paula Saab para dialogar sobre a importância dos cuidados preventivos das mulheres.

 

 

A coordenadora do projeto, Mirsa Barreto, destaca a importância da comunicação para o desenvolvimento de todas as ações do projeto. “O Encontro de Educomunicação reforça o nosso compromisso com essa ferramenta poderosa e essencial em todas as nossas relações que é a comunicação. Para nós, Educação e Comunicação fazem parte do que pensamos como fundamental para alcançar a transformação social das mulheres e de suas comunidades”, ressaltou.

 

Para finalizar o encontro, a jornalista Rita Simone dialogou com as mulheres sobre a comunicação que queremos, possibilidades e caminhos. De acordo com Valdenora dos Santos, da comunidade quilombola Lagoa do Junco, em Poço Verde, o Encontro ampliou modos de pensar a comunicação para as comunidades. “Foi muito proveitoso, dois dias de muito conhecimento, que tenho certeza que servirão para todas as comunidades que estiveram presentes aqui através de nós, que viemos representá-las”, finalizou.