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Oficinas técnicas e cursos de capacitação promovem troca de conhecimento entre as mulheres dos diversos territórios que fazem parte do projeto

 

Desde o ano passado e até setembro deste ano, as mulheres do projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), participam de oficinas técnicas nas diversas regiões que fazem parte da iniciativa e de cursos profissionalizantes, realizados na sede do Sergipe Parque Tecnológico – SergipeTec, em São Cristóvão.

 

 

A demanda para a realização das oficinas técnicas e cursos profissionalizantes partiu das mulheres e desde então tem oportunizado a ampliação de conhecimento para a conquista de vagas no mercado de trabalho para cerca de 500 mulheres cadastradas no projeto. Além dos cursos de estética, costura, design têxtil, as mulheres participaram recentemente do curso de elaboração de projetos, de modo a incentivá-las a inscrever-se em editais e a submeter projetos tanto para a iniciativa pública, como para a privada.

 

 

De acordo com a coordenadora do projeto, Mirsa Barreto, os cursos profissionalizantes têm um caráter que abrange não somente a demanda de mercado, como a formação e o fomento à educação dentro das comunidades. “A realização dos cursos é uma demanda das mulheres e temos percebido com êxito a transformação individual e de âmbito coletivo entre as participantes, que são também vetores de conhecimento de suas associações e comunidades. Acreditamos que através do ensino e da educação, as múltiplas realidades podem ser transformadas de maneira muito positiva”, afirmou.

 

Para Maria Eugênia Lima, artesã do município de Carmópolis, os cursos são uma oportunidade de abrir o leque de oportunidades para cada uma das mulheres que fazem parte do projeto. “Tenho aprendido bastante em cada curso que me inscrevo e participo. É uma oportunidade única que o projeto está dando, pois são cursos que nem todas nós temos acesso com facilidade, por isso, toda oportunidade que tenho, aproveito para aprender mais e mais e me qualificar”, disse.

 

 

Oficina de Sublimação

 

Além dos cursos promovidos pelo projeto em parceria com o SergipeTec, o projeto também realiza oficinas técnicas pontuais nas diversas regiões sergipanas. A oficina de sublimação, por exemplo, também foi uma solicitação das mulheres, e tem ocorrido ao longo dos anos, nas associações de mulheres de municípios como Pontal, em Indiaroba, Ribuleirinha e Manoel Dias, em Estância, Pontal da Barra, em Barra dos Coqueiros, Marimbondo, em Pirambu, e Aguada, em Carmópolis.

 

De acordo com a designer responsável pela oficina, Danyelle Queiroz, a sublimação é uma técnica de impressão que usa tinta e calor para transferir imagens para diversos materiais, e os encontros com as comunidades para a prática tem sido transformadores para as mulheres participantes. “No início, foram criadas estampas inspiradas em desenhos e narrativas das próprias participantes, refletindo a cultura local de cada lugar. Esse processo gerou forte identificação e um senso de pertencimento nelas. Desde então, a produção de canecas e outros materiais personalizados não só proporcionou uma nova fonte de renda, mas também incentivou a reinvestirem os lucros na compra de mais materiais”, destacou.

 

 

Com a proximidade da celebração da Páscoa, as mulheres do projeto estão planejando novas estampas e pretendem investir na compra de mais canecas, utilizando o retorno das vendas das peças produzidas em sala de aula. “Esse movimento tem fortalecido a autonomia financeira das participantes, além de estimular o espírito de coletividade, com a troca de conhecimentos e estratégias de vendas. Além disso, elas estão utilizando as redes sociais para a divulgação dos produtos, ampliando ainda mais as oportunidades de negócio”, ressaltou a professora Danyelle.

 

Para Jaciara Pinheiro, do povoado Pontal da Barra, as oficinas do projeto proporcionam estímulo e força para que elas desenvolvam a autonomia e ampliem suas fontes de renda. “Eu amei as aulas e espero que a gente consiga colocar em prática mais e mais e que a gente possa mostrar ao público a nossa identidade e a força das mulheres de Pontal da Barra através dos nossos produtos”, celebrou.