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Mulheres do projeto atuam em Rede pela Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional

 

As políticas de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) são de extrema importância para garantir o direito de toda a população ao acesso a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. Neste sentido, o projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Movimento de Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM), atua com foco no fortalecimento da soberania e da segurança alimentar e nutricional, promovendo formações, reflexões e práticas de cultivo voltadas à valorização da agroecologia e do processamento e beneficiamento dos alimentos.

 

Com o apoio de profissionais das áreas de Engenharia de Alimentos e Engenharia Florestal, as mulheres da Rede participam de oficinas técnicas que aprimoram suas práticas produtivas e impulsionam a economia local. Além disso, diversas associações integrantes da iniciativa estão inseridas em políticas públicas importantes, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), assegurando que alimentos naturais e livres de agrotóxicos cheguem às mesas das comunidades, fortalecendo vínculos sociais e nutricionais.

 

 

A coordenadora do projeto, Mirsa Barreto, destaca que o projeto promove o fomento à produção de alimentos de forma integral, desde o plantio até o processamento, respeitando as especificidades e potencialidades de cada território. “Essa dinâmica fortalece a geração de renda das mulheres e de suas famílias, ao mesmo tempo que contribui significativamente para o enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional nos territórios onde a Rede atua. O projeto tem o compromisso com a soberania alimentar, entendida como o direito das comunidades de produzirem e consumirem alimentos saudáveis, acessíveis e culturalmente adequados às suas realidades”, ressaltou.

 

Mais do que produzir alimentos, a Rede Solidária de Mulheres de Sergipe também atua no fortalecimento dos valores culturais e sociais de cada território, reconhecendo que a alimentação é um elemento essencial da identidade de um povo e que a cultura se manifesta, também, por meio dos alimentos. A engenheira de alimentos do projeto, Stephane Santos, aponta o compromisso com a valorização dos saberes de cada comunidade em cada encontro com as mulheres.

 

“Nas oficinas de Processamento de Alimentos, buscamos valorizar os ingredientes locais, além de resgatar as receitas tradicionais das comunidades, receitas de família, de modo a valorizar as memórias e seus modos de vida, uma vez que essas práticas fomentam o saber ancestral e geracional nas comunidades. As nossas práticas incluem o uso responsável dos insumos, bem como há o incentivo à agricultura familiar e o combate ao desperdício, consolidando uma proposta de sustentabilidade que se alinha aos saberes ancestrais e às especificidades de cada comunidade”, disse a engenheira de alimentos do projeto.

 

 

A catadora de mangaba e presidenta da Associação das Catadoras de Mangaba do povoado Manoel Dias, em Estância, Dilva de Souza, celebra as práticas promovidas pelo projeto como uma rede integrativa de saberes e fazeres entre as mulheres. “A Rede é um projeto que integra, desde o processo de produção até a comercialização dos produtos, e isso é muito importante para a valorização de nosso trabalho e de nossa comunidade. E isso contribui também para a nossa segurança alimentar e nutricional”, concluiu.