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Rede Solidária de Mulheres de Sergipe marca presença em encontro nordestino sobre comunicação e direitos das mulheres

 

Entre os dias 20 e 22 de agosto, a Rede Solidária de Mulheres de Sergipe esteve representada em Recife, durante o encontro “Mulheres do Nordeste com a boca no mundo: comunicação e lutas por direitos”, um espaço de formação, troca e fortalecimento da comunicação popular feminista. A participação da Rede aconteceu com o apoio do projeto “Doar para Transformar”, da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), entidade fundada em 1973 que atua em todo o país na promoção, defesa e garantia de direitos.

 

No primeiro dia, a frase “Comunicar é tornar comum” ganhou força e passou a orientar os debates, traduzindo um dos principais desafios enfrentados por movimentos e organizações sociais que é reinventar formas de comunicar suas lutas para além das próprias bolhas, alcançando mais mulheres e territórios.

A coordenadora de Educomunicação da Rede, Ana Paula Machado, destacou a importância do momento. Comunicar é o ato de tornar comum. É esse o sentido maior da nossa atuação em educomunicação, o de fazer com que as vozes das mulheres ecoem, alcancem outras mulheres e inspirem mudanças. Participar desse encontro foi reafirmar que a comunicação é também uma ferramenta de transformação social”.

 

Durante os três dias, a programação promoveu revisões de memória, debates e oficinas práticas. As participantes revisitaram a trajetória da Comunidade de Práticas, que há cinco anos fortalece 25 organizações de mulheres do Nordeste em mobilização de recursos, incidência política e comunicação popular. Produções como cartilhas, vídeos, podcasts e publicações foram expostas, transformando o espaço em uma mística de cores, imagens e palavras de ordem.

 

O encontro também trouxe reflexões sobre os sistemas de opressão que atravessam a comunicação, como patriarcado, racismo, machismo, lgbtfobia e desigualdades sociais e econômicas.  “Foram dias de intenso aprendizado, com discussões que passaram do rádio às redes sociais, da segurança digital às narrativas capazes de furar bolhas. Momentos práticos e debates potentes que reafirmaram a importância da democratização da comunicação como caminho para transformar vidas e realidades”, enfatizou a coordenadora.

 

No encerramento, o tom foi de esperança e ancestralidade e as mulheres refletiram sobre a importância de manter a memória viva como forma de projetar futuros possíveis. O projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe é uma iniciativa da Associação das Catadoras de Mangaba e Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Movimento de Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM) e junta-se a diversos outros movimentos em defesa das mulheres e seus territórios.