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Seminário de Avaliação da Rede Solidária reforça protagonismo feminino e resultados do biênio 2023-2025

 

Entre os dias 17 e 19 de setembro, a Rede Solidária de Mulheres de Sergipe realizou o Seminário de Avaliação do Projeto, no Hotel Parque das Águas, em Aracaju. O encontro reuniu cerca de 20 representantes de comunidades extrativistas do estado, mulheres que carregam em suas trajetórias a força e a resistência feminina, para avaliar as ações desenvolvidas no biênio 2023-2025.

 

O seminário teve início no dia 17 com momentos de escuta e compartilhamento de experiências. As participantes trouxeram relatos sobre como o projeto potencializou os saberes e fazeres em seus territórios, fortalecendo tradições locais, ampliando a economia solidária e promovendo o protagonismo feminino. Segundo Enilde de Gonçalves (Dona Bilô), representante do povoado São José, em Japaratuba o Seminário foi um momento de encontro e partilha. “Volto para minha comunidade mais confiante. Cada oficina, cada conversa, nos mostra que juntas somos mais fortes e que nossa luta tem resultados de verdade”.

 

A programação incluiu a apresentação da avaliação geral dos resultados do projeto e das oficinas de processamento de alimentos, realizadas ao longo do biênio. As mulheres discutiram os avanços, desafios e impactos das atividades, refletindo sobre os benefícios concretos para suas comunidades. O dia também contou com uma vivência promovida pelas voluntárias do Movimento Popular de Saúde de Sergipe (Mops-SE) e com a participação na Blitz Cultural, organizada pelo grupo de artes cênicas Boca de Cena, no bairro Bugio, aproximando cultura, arte e socialização.

 

No segundo dia, as atividades se concentraram na reflexão sobre a trajetória do projeto. Dinâmicas de linha do tempo e empoderamento feminino permitiram que as participantes analisassem os processos de desenvolvimento das ações, compartilhando desafios, aprendizados e conquistas. Foram debatidas as oficinas de Educomunicação, cursos complementares e estratégias de marketing do projeto, reforçando a importância de fortalecer capacidades locais e dar visibilidade às iniciativas. O dia terminou com oficina de dança afro e consciência corporal, conduzida pela professora Michelle Pereira, promovendo integração, movimento e fortalecimento coletivo.

 

No último dia, a avaliação se concentrou nas oficinas de Agroecologia e na discussão dos resultados do projeto como um todo. A dinâmica da caixa de elogios, conduzida pela assistente social do projeto, Conceição Mendonça, finalizou o encontro com momentos de reconhecimento mútuo e fortalecimento dos laços entre as participantes.

 

A fiscal do projeto, Liana Lippi, que acompanhou os dois primeiros dias, destacou a relevância das ações desenvolvidas. “O que vemos é um projeto que realmente faz diferença. As mulheres não apenas executam atividades, elas se reconhecem como sujeitas de direitos, fortalecem suas comunidades e mostram o quanto a economia solidária é capaz de transformar vidas”.

 

Encerrando o seminário, a coordenadora da Rede Solidária, Mirsa Barreto, ressaltou a força coletiva das mulheres e a importância do ciclo concluído. “Finalizamos mais uma etapa do projeto reunindo representantes de 19 comunidades beneficiadas. Foi o momento de fazer um apanhado de todas as ações, avaliar o que conseguimos realizar e no que fomos beneficiadas. Saímos daqui com um sentimento de gratidão, de esperança e de realização de cada etapa. Este encontro reúne a resistência e a resiliência de todas as mulheres que constroem a Rede Solidária”.

 

O Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe é uma iniciativa da Associação das Catadoras de Mangaba e Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Movimento de Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM),