Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Search in posts
Search in pages

Projeto Rede Solidária de Mulheres realiza Workshop sobre modos de comercialização e ferramentas de segurança na internet

 

Durante os dias 13 e 14 de novembro, a sede do projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Aracaju, foi palco de Workshop sobre modos de comercialização e ferramentas de segurança na internet para as representantes de diversas associações que fazem parte da iniciativa.

 

Com o objetivo de dialogar com as mulheres de maneira coletiva sobre ferramentas de marketing e visando ampliar a comunicação comercial nas áreas físicas e digital, o primeiro dia de workshop foi conduzido pela jornalista do projeto, Rita Simone, com o intuito de potencializar a comunicação comercial sobre os produtos desenvolvidos por elas em seus territórios.

 

“De uma forma geral, as mulheres que fazem parte da Rede Solidária constroem de forma permanente um movimento articulado, então, nesses percursos elas assumem diferentes identidades, elas são pesquisadoras de materiais, tecnologias sociais, empreendedoras, trabalhadoras autônomas, artesãs, agricultoras, líderes comunitárias, são mães, filhas, esposas, então, essas mulheres unem forças para superar desafios comuns. Esses espaços de encontro, de convivência com as mulheres, são sempre espaços de muita aprendizagem e de fortalecimento da nossa perspectiva em direção à sustentabilidade, à diversidade e à economia solidária”, pontuou a jornalista.

 

Alaílde dos Santos, catadora de mangaba do bairro Santa Maria, em Aracaju e a pescadora Aldervânia Pinheiro, do povoado Pontal da Barra, no município de Barra dos Coqueiros, participaram pela primeira vez de um encontro coletivo na sede do projeto e afirmaram ser a primeira de muitas. “Estou muito feliz em ter vindo porque muita coisa eu não sabia e estar aqui, ouvindo as experiências, aprendendo, já me dá ideias e vou levar como aprendizado. Espero voltar outras vezes”, disse Alaílde.

 

“Nós vivemos da pesca artesanal, e recentemente o projeto Rede nos apresentou a outras possibilidades, que foram as aulas de sublimação, as aulas com o secador solar, as aulas com a horta, com o processamento de alimentos, nós estamos vendo que existem outras possibilidades e já estamos experimentando em nossa comunidade e em breve vamos levar também para as feiras que o projeto vai. Quero muito poder estar e esse workshop foi muito importante para me motivar ainda mais”, complementou Aldervânia.

 

Além das mulheres que vieram pela primeira vez a um encontro na sede, o evento também contou com representações de comunidades que já participam de maneira constante nas comercializações que acontecem nos diversos espaços que o projeto é convidado. Para Cleonice Ferreira, artesã do povoado Malhadinha, além do aprendizado adquirido nos encontros promovidos na sede e nas oficinas realizadas nas comunidades, há também uma grande troca de conhecimento e fortalecimento no processo de comercialização nos eventos.

 

 

“Ir aos eventos mudou a minha vida. Eu só tenho a agradecer porque mudou a forma como eu vejo também a minha arte, o meu trabalho. As pessoas nos encorajam, valorizam o nosso produto, a gente se sente motivada, estamos sempre aprendendo, trocando conhecimento e isso não tem preço que pague, sou muito grata”, celebrou Cleo.

 

A coordenadora do projeto, Mirsa Barreto, enfatiza que é a partir dos encontros e workshops do projeto, que as mulheres desenvolvem as estratégias coletivas que podem ser diretamente inseridas nas comunidades. “A metodologia do projeto busca o fortalecimento através das estratégias pensadas de maneira coletiva. E é dessa forma, desde o planejamento das ações, sejam elas das aulas, dos encontros, dos seminários, até à execução ou ao processo de produção dos alimentos e dos produtos de maneira geral, é feito de modo plural, coletivo e com ênfase na autonomia e na potência que cada território traz para a nossa iniciativa. É dessa forma que construímos a Rede Solidária”, concluiu.