Entre os dias 19 e 22 de novembro, Catadoras de Mangaba que participam do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, iniciativa responsável por fortalecer e viabilizar a participação das representantes das comunidades de Manoel Dias (Estância) e Capuã (Barra dos Coqueiros), marcam presença no Grand Petit Terroir, em Juazeiro (BA).
O evento, realizado pelo Sebrae Bahia em parceria com os Sebrae de Sergipe, Pernambuco, Alagoas e Minas Gerais, reúne produtos de origem e promove rodadas de negócios voltadas à valorização de territórios e saberes tradicionais.
Da comunidade de Manoel Dias, em Estância, Dilva Souza ressalta que esse é um passo que atravessa gerações. “A gente leva nossa experiência e nosso orgulho. Mostrar nossos produtos fora do estado é provar que o que fazemos tem muito valor e que podemos chegar muito longe”.
De Capuã, em Barra dos Coqueiros, Silvana Correia destaca o peso da representatividade. “Participar de uma feira grande é mostrar quem somos. Dar visibilidade às mulheres que vivem do extrativismo e que lutam todos os dias para manter viva a tradição da mangaba”.
A ida das Catadoras acontece a convite do Sebrae Sergipe para integrar a curadoria oficial de produtos que representam o estado. Para a assistente social do Projeto Rede, Conceição Mendonça, o momento é de afirmação. “Sair de Sergipe e apresentar nossos produtos em um espaço nacional é reafirmar o valor do trabalho das Catadoras. Cada item que levamos carrega história, qualidade e a força de quem vive o território”.
A coordenadora geral do Projeto Rede, Mirsa Barreto, reforça que o impacto é coletivo. “Estar no Grand Petit Terroir abre caminhos que fortalecem a produção das mulheres mangabeiras. É uma oportunidade real de ampliar mercados e consolidar, em nível nacional, a identidade das Catadoras de Mangaba de Sergipe”.
A Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, projeto realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) segue fortalecendo trajetórias, abrindo portas e garantindo que a voz das Catadoras ecoe no centro das decisões, dos mercados e da valorização dos saberes tradicionais.
