O Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Movimento de Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM), anuncia que já estão abertas as encomendas do tradicional e aguardado Panetone Artesanal de Mangaba, um produto que celebra a identidade sergipana e fortalece a economia solidária das mulheres mangabeiras.
A mais sergipana das frutas empresta seu sabor e perfume para que famílias, amigos e comunidades compartilhem, à mesa, o verdadeiro espírito do Natal com soberania alimentar, sustentabilidade, afeto e cuidado com a vida. Produzido de forma totalmente artesanal e sem conservantes químicos, o panetone vem se consolidando como um símbolo da força produtiva das mulheres e da valorização do território.
Para Katiane de Jesus e Amanda Alves, Catadoras do povoado Manoel Dias, em Estância, aprender a produzir o panetone foi uma experiência transformadora. “O processo é lindo, trabalhoso e gratificante. As pessoas se encantam, as mulheres gostaram muito da novidade, todas ficaram animadas. É muito bom para a associação”, relatam.
A engenheira de alimentos do projeto, Stephanie Santos, destaca que cada etapa foi pensada para garantir qualidade e valorização da cultura local. “A logística foi planejada dentro da área de panificação artesanal. Cada fornada tem sua data de produção e entrega. É um produto feito à mão, sem qualquer tipo de conservante ou estabilizante químico. Isso agrega sabor, maciez, estrutura e qualidade. Além disso, a mangaba traz tradição, história, luta e identidade das mangabeiras”.
Stephanie reforça ainda que, ao adquirir o panetone estamos valorizando o mercado local e respeitando a história das mulheres. “É um produto que leva sabor, tradição e identidade para a mesa dos lares sergipanos. Além disso, o projeto também ampliou o repertório produtivo das catadoras. Com a introdução da tecnologia de massas nas comunidades, surgiram novos conhecimentos e possibilidades de renda: além do panetone, agora fazem pão doce de mangaba e outros itens de confeitaria artesanal. Era um nicho que elas não trabalhavam antes. Descobriram que é possível ocupar espaço no mercado e que seus produtos têm saída. Com treinamento e acompanhamento técnico, tudo se tornou viável”, pontua a engenheira.
Para Silvana Correia, do povoado Capuã, em Barra dos Coqueiros, a experiência está sendo enriquecedora. “O que eu tenho a dizer é que essa experiência tem sido maravilhosa, uma experiência muito boa, pois estamos com bastante encomenda e estamos ainda no início do mês. E tudo isso graças ao incentivo do projeto e das oficinas que participamos. Isso fez com a gente se unisse ainda mais na Associação”, disse.
A coordenadora geral do projeto, Mirsa Barreto, reforça que o panetone é resultado de uma trajetória coletiva que envolve protagonismo feminino, sustentabilidade e autonomia produtiva. “A comercialização do Panetone Trufado de Mangaba neste Natal além de representar a venda de um produto artesanal, simboliza também a força, a autonomia e a organização das mulheres, que transformam a tradição da mangaba em oportunidade, renda e protagonismo. Cada panetone carrega história, identidade e o esforço coletivo de mulheres que aprenderam novas técnicas, ampliaram suas possibilidades de trabalho e hoje mostram ao mercado sergipano que seus saberes e sabores têm valor. Neste Natal, levar o panetone de mangaba para a nossa mesa é um gesto de afeto, mas também de reconhecimento, afirmando a importância do trabalho feminino, e celebrando a resistência das comunidades que vivem da cata da mangaba”, concluiu.
As encomendas dos panetones trufados já estão abertas. Garanta o seu e leve para a sua ceia um produto feito por mulheres, com identidade, cuidado, sabor e história. Para encomendar os panetones trufados, acesse.
