No último dia 23, um grupo de oito mulheres cadastradas no Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe – realizado pela Associação das Catadoras de Mangaba (Ascamai) com patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental-, representantes das comunidades de Pontal (Indiaroba), Manoel Dias (Manoel Dias), Porteiras (Japaratuba), Capuã (Barra dos Coqueiros), Aguada, Santa Bárbara e Palmeira (Carmópolis), e seis integrantes da equipe executora do projeto visitaram a Associação de Mulheres Resgatando sua História, de Lagoa da Volta, no município de Porto da Folha, região do alto sertão sergipano.
O intercâmbio cultural e educativo teve o objetivo de aproximar as mulheres da associação ao projeto, com perspectiva de ampliação da Rede, e apresentar para as mulheres cadastradas no projeto um exemplo de atuação auto-organizada de mulheres que deu certo. A Associação de Mulheres atua com questões que são comuns aos temas e metas da Rede, a exemplo da prática agroecológica e sustentável, segurança e soberania alimentar, e equidade de gênero.
Mirsa Barreto, Cida da Silva, Adirani Souza
“Fomos recebidas na sede da Associação com muito carinho, demonstrado no lanche delicicoso, depois nos apresentamos em um roda de acolhimento, em seguida fomos conhecer o Agrossistema Sítio Verde, um manejo sustentável de Cida da Silva, construído em seu terreno particular [cerca de uma tarefa e meia de terra] e que se tornou referência nacional para pequenos agricultores e pesquisadores da área”, contou Adirani Souza, presidente da Ascamai.
O agrossistema possui um quintal produtivo com desenvolvimento de horticultura, fruticultura, criação de galinha caipira e criação de caprino, pecuária, criação de ovinos em regime semi-intensivo, e apicultura. Além de contar com um biodigestor, que transforma fezes de animais em gás natural e biofertilizante, e ecofogão que, melhorou a qualidade da alimentação, diversificou a produção e economizou na preparação dos alimentos ao eliminar a dependência dos botijões de gás. “Tudo isso em pleno semiárido. Um verdadeiro oásis”, descreveu Thiago Vieira, engenheiro Florestal.
Durante roda de conversa, foi possível conhecer a história de fundação da Associação, no ano de 2007, marcada pela atuação de grupos religiosos e solidariedade internacional, através do financiamento de projetos para aquisição de terreno, construção da sede, formação, e assistência técnica. À época, o processo mobilizou cerca de 60 mulheres da região, lideradas pelas agricultoras conhecidas como Cida da Silva e Netinha.
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