O Sesc em Sergipe promoveu hoje, 16, sua I Feira de Base Agroecológica e reuniu diversos mobilizadores sociais da economia solidária e sustentável, inclusive a Rede Solidária de Mulheres de Sergipe. Com suas geleias, doces, licores, biscoitos, artesanatos e mudas de plantas para reflorestamento, as mulheres da Rede tiveram mais uma experiência de comercialização e diálogo com pessoas que, assim como elas, reinventam formas de sociabilidade.
Para Ednalva de Jesus, a querida Nalvinha – Catadora de Mangaba da Barra dos Coqueiros, as feiras agroecológicas também são oportunidades de compartilhamento dos saberes populares e das produções populares.
“A gente conversa e também compra dos outros feirantes, e o bom é que a gente tem a tranquilidade de saber que aquele alimento não tem veneno, de que tudo é saudável. Hoje eu comprei um tomatinho que chega estrala no dente, ele tem um crocante que me traz à lembrança do meu pai, quando ele plantava lá me Capuã e levava pra casa aquela cesta cheia de tomate”, contou.
Nalvinha
E, é justamente esse sentimento acolhedor, de casa, de pertencimento que as feiras agroecológicas despertam nas pessoas e propõe enquanto filosofia. Mirsa Barreto, coordenadora do Projeto Rede, acredita que “esse tipo de iniciativa tem grande importância sócio cultural, porque abastece as cidades com alimentos livres de veneno, diversos e a preços justos, além de criar redes de resistência”.
“Na Rede, nós construímos perspectivas de cadeias produtivas sustentáveis, do interesse do povo e das comunidades tradicionais. O nosso lema é produzir sem explorar o ambiente a níveis de degradação e que não coloquem em risco a extinção das espécies”, afirmou Thiago Vieira, engenheiro florestal do Projeto Rede.
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