Entre os dias 04 e 05 de março, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe reuniu 20 mulheres, representantes de suas comunidades, durante realização do Seminário Para Elaboração de Roteiro de Comercialização – Parte II, na Sede do Projeto em Aracaju, com o objetivo de aprofundar as reflexões acerca do Turismo de Base Comunitária (TBC) e as possibilidades de implantá-lo nas comunidades, a partir da teoria e da prática de pesquisadores, realizadores e comunidades.
O seminário contou com a parceria e participação de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) como, Daniella Pereira de Souza Silva, Patrícia Santos de Jesus, Laura Almeida de Calasans Alves, e Augusto César Vieira dos Santos e os alunos participantes do Núcleo de Empreendedores da UFS. Além de Claudia Bezerra dos Ramos, do Instituto Gastronômico das Américas, Gabriela Nicolau, da Agência Vento Leve, Rita Simone, do SESC, e a liderança indígena Cleonice Pankararu, da Aldeia Cinta Vernrlha-Jundiba, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.
A professora Daniella Pereira de Souza Silva destacou que “valorizar o trabalho já existente nas comunidades, associados ao aprendizado, a vivência e a experiência que o turista não convencional pode ter com o Turismo de Base Comunitária”, disse.
Para a pesquisadora Patrícia Santos de Jesus afirmou que mesmo um grupo pequeno de pessoas da comunidade consegue implantar uma experiência de TBC, “basta o grupo ter formação, elaborar um roteiro viável e em detalhes, observando com destaque a questão do transporte e da segurança, de modo que assegure uma relação econômica justa entre turista e comunidade”, disse.
A professora Laura Almeida de Calasans Alves recomendou cautela na implantação do TBC e deu orientações básicas para as comunidades ao ofertar alimentos e bebidas, local para dormir, descansar a “pessoas que não são membros habituais da família”. “Afinidade recíproca, no ato de ofertar e receber, com amabilidade, cuidado, respeito, ou seja, ao ser hospitaleiro, o anfitrião adquire prestígio e respeito não só do turista, mas também, da comunidade local é essencial”, contou.
Já Claudia Bezerra dos Ramos, do Instituto Gastronômico das Américas, destacou o tema da precificação, numa perspectiva de as mulheres não perderem dinheiro nesse processo. A professora ensinou uma fórmula, baseado em teorias econômicas e administrativas, para precificar produtos que, “basicamente, envolve desde tempo de trabalho empenhado para a produção até gastos com higiene pessoal, transporte, uniforme e etc. o objetivo da fórmula seria garantir uma forma equilibrada de precificar o serviço ou o produto”, explicou.
Para ela, o do empreendedorismo social é “a valorização de algo que as mulheres já fazem, que são parte de suas experiências de vida, de suas memórias afetivas e realidade socioeconômica”, completou Claudia.
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