Seminário de avaliação: “Minha vida mudou depois da Rede”

De 18 a 20 de março, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe reuniu 20 mulheres, representantes de suas comunidades, para avaliar os dois anos de execução do projeto. Foram dois anos promovendo ações de educação para o trabalho, incentivando a economia solidária e criativa, valorizando os saberes tradicionais e a sociobiodiversidade, com cerca de 600 mulheres de seis municípios sergipanos. Portanto, muito trabalho para ser assimilado e analisado.

“Minha vida mudou depois da Rede”, disse Silvânia Felizardo, artesã, moradora de Carmópolis.

Com o patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental cadastramos 612 mulheres, que participaram das ações da Rede nos municípios de Indiaroba, Estância, Barra dos Coqueiros, Pirambu, Japaratuba, e Carmópolis. Através dos cursos artesanais de Reciclagem, Bonecas, Corte e Costura, Macramê, Biscuit, Crochê, Maquiagem, Alimentos Artesanais, Design de Moda, Moda Praia, e dos cursos profissionalizantes de Bolos e Tortas, Cuidador de Idosos, Informática Básica, Informática Avançada, Tecnologia da Confecção, Corte e Costura, Atendimento ao Cliente, Rotinas Administrativas, e Sublimação elas tiveram oportunidade de trabalho e geração de renda.

Além disso, a Rede promoveu palestras de Educação Ambiental; rodas de conversa sobre Violência Doméstica e de Gênero, Racismo; Direito à Comunicação; Workshop Internet e Redes Sociais; oficinas de Educomunicação, Fotografia, Processamento de Alimentos e Boas Práticas, Agroecologia. Realizou Seminário Para Elaboração do Plano de Negócios, Seminário para Elaboração do Roteiro de Comercialização com Turismo de Base Comunitária, Seminário de Práticas de Organização, Produção e Comercialização; Intercâmbios de Conhecimento. Construiu quatro Viveiros Agroflorestais.

A Rede também Publicou a Cartilha de Saberes e Práticas Agroecológicas, o Catálogo Agroecológico dos Viveiros Florestais: Plantar Para Viver. Criou a linha de produtos “Sabores de Carmópolis”, cuja marca expressa culturalmente o trabalho coletivo das mulheres carmopolitanas, e a marca “Artes de Carmópolis”, que apresenta o trabalho artesanal das mulheres, a partir dos seus talentos e vocações.

E, o mais importante de tudo isso, o projeto consolidou uma imensa rede de solidariedade entre as mulheres. Juntas elas têm superado dificuldades, criado alternativas de trabalho e renda, compartilhado conhecimento popular e experiências de vida, a partir de suas próprias histórias. “A Rede foi feita por gente com estrelas no olhar, gente que dá sentido a cada momento da vida, cada ato cotidiano. E é a vida dessa gente que esteve sempre no centro das nossas ações”, disse Mirsa Barreto, coordenadora do Projeto.